quinta-feira, 1 de setembro de 2011



DESACERTOS

Meu caminho
Comecei sozinha
Procurando um ninho
Vaguei... Sonhei... Perdi-me...
Eu que desavisada
Pensei que conhecia a estrada
Ferrei-me... mas nem tanto
Deus mandou-me três tesouros
E desses três, outros valiosos vieram...
De cada passagem dos dias meus
Não antevi a viagem e enveredei
Por atalhos que nem sei por que por ali segui...
Pensei em desistir... Não resisti
Novamente insisti... Persisti
E só ia ferrando-me mais...
Mas prosseguir confiando...
Estabaquei-me de vez e sem volta
Segui meu caminhar...
Acreditando numa estrela me guiando
Sem que nada destoasse, nenhum tropeço
Que tirasse minha vontade...
A procura da minha verdade
Novos passos dispersos...
Alvoroço novamente
Um fim, um começo e recomeço!
Observo o desastre aproximando-se
Mas teimo e sigo em frente
Semblante descoberto,
Sem vergonha de ter tentado...
Nessa minha eterna busca
Quero encontrar um porto seguro
E não mais desacertos...



SELVAGEM VIVER


Tenho um jeito de viver selvagem...
Sou sim a pessoa que some, que surta,
que vai embora, que aparece do nada,
que fica porque quer,
e não há cristo que me faça
chegar onde não quero...
Tenho um jeito de viver selvagem...
Não gosto de conversa mole,
nem de noite sem estrelas.
Sou aquela que diz o que ninguém espera
e salva uma noite,
que estraga uma semana só pelo prazer de ser má
e tirar as correntes da cobrança do peito.
Sou bem mais feliz que triste,
mas às vezes fico distante,
E me perco em mim como se não houvesse começo
meio, nem fim...
queria achar explicação pra vida,
não vejo sentido ...
não quero grades nem cobranças,
às vezes me vejo sem rumo,
com uma interrogação bem no meio da cara: O que eu quero mesmo?
Não adianta ser fiel, ser boa, ser cordata,
Quando vejo no meu dia a dia,
pessoas contrárias a isto,
ter muito mais valor...
Eu só queria ser legal,
ser boa,
ser leve.
Mas dá realmente pra ser assim?
Tenho um jeito de viver selvagem,
mas serei mansa com quem merecer.